O documento visa fomentar a transição da infraestrutura rodoviária, propondo critérios voluntários para sua avaliação e categorização. Com isso, espera-se que, dentro dos parâmetros de desenvolvimento nacionais, rodovias de transição sejam priorizadas, em detrimento de rodovias convencionais, nos processos de tomada de decisão dos investidores.

O desenvolvimento de infraestrutura sustentável e resiliente é uma prioridade para a agenda 2030 da ONU, de acordo com o 9º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que promove o avanço da infraestrutura regional e transfronteiriça para apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano. A integração de critérios climáticos é fundamental para alcançar esse objetivo, alinhando-se aos compromissos do Acordo de Paris de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 e criar economias mais resilientes e adaptadas aos impactos da mudança climática. 

No entanto, há desafios consideráveis para atingir esse objetivo, como a redução de emissões de gases de efeito estufa, combate ao desmatamento e exposição a eventos climáticos extremos. Para abordar essas questões de maneira eficaz, a iniciativa Investidores pelo Clima desenvolveu a Taxonomia de Transição para Rodovias, um documento que estabelece critérios voluntários para avaliar e classificar projetos rodoviários, priorizando soluções sustentáveis. 

A importância da taxonomia e o papel dos investidores 

O IPC, liderado pela ERM com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), é composto por um grupo plural de investidores profissionais brasileiros comprometidos com a transparência e a responsabilidade ambiental. Desde o seu início em outubro de 2019, o programa tem trabalhado para fomentar práticas e investimentos alinhados com metas climáticas. 

Investidores desempenham um papel essencial ao financiar e assim viabilizar projetos de infraestrutura de baixo carbono e resilientes ao clima. Para facilitar esse financiamento, estão sendo estabelecidas taxonomias que padronizam critérios para avaliar a contribuição climática de cada projeto, promovendo práticas menos intensivas em emissões de Gases de Efeito Estufa e aumentando sua resiliência aos riscos climáticos. 

Em 2023, o IPC realizou uma consulta pública para a Taxonomia de Transição para Rodovias, resultado desse esforço para definir critérios e diretrizes que identifiquem projetos e atividades no setor rodoviário como social e ambientalmente sustentáveis. Ao disponibilizar o documento para consulta pública, a iniciativa buscou a participação e contribuição de especialistas, empresas, investidores e demais partes interessadas. 

Com a taxonomia, o IPC busca incentivar os investidores a apoiarem projetos de rodovias de transição, alinhados com metas climáticas e de sustentabilidade. Essa abordagem não apenas visa aprimorar a qualidade e resiliência da infraestrutura rodoviária no Brasil, mas também contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono e para o cumprimento dos compromissos globais estabelecidos no Acordo de Paris. Para mais informações, acesse o documento clicando aqui.   

Como marco de lançamento do projeto, a equipe do IPC realizará um Webinar no dia 04 de julho, às 11 horas. O evento conta com a presença de Tatiana Assali, sócia da ERM e Marina Briant, gerente de Finanças Sustentáveis da ERM.   



Para saber mais sobre a iniciativa, visite o site.